O que é biometria? – White Paper
Dispositivos e sensores
Dispositivos e sensores são qualquer sistema mecânico ou eletrônico usado para registrar e capturar amostras biométricas brutas de forma que possam ser digitalizadas e convertidas em um template biométrico. Para impressões digitais, rosto, íris e voz, existem sensores de impressões digitais, as câmeras digitais, as câmeras de íris e os microfones, respectivamente. A maioria dos sensores de impressão digital é baseada em tecnologias óticas ou capacitivas, mas os sensores de emissão de luz e as abordagens multiespectrais estão começando a ser adotadas. Os sensores capacitivos podem ser de dedo inteiro ou para passar o dedo. É fundamental para o desempenho dos matchers que as imagens das impressões digitais sejam capturadas com uma resolução (500 ppi) e contraste suficientes, sejam compactadas adequadamente com WSQ e estejam sem distorção. Um sensor óptico usa um prisma, uma fonte de luz e um sensor de luz para capturar as imagens das impressões digitais. Os sensores capacitivos são baseados em um chip de silício que detecta correntes elétricas quando os sulcos do dedo fazem contato. Os sensores de dedo não geram qualidade de imagem suficiente para identificação de “um contra N”. De modo geral, a quantidade e a consistência das amostras biométricas exigidas é uma função do tamanho do banco de dados que deve ser pesquisado.
A captura de imagens faciais é efetuada por meio de camêras digitais de mercado, câmeras de bolso e webcams. A tecnologia de sensor de baixo custo foi significativamente aprimorada recentemente, também tornando possível a captura facial biométrica por meio de smartphones. Tradicionalmente, as imagens faciais digitais exigem uma resolução entre olhos de cerca de 60 pixels para verificação um contra um e 90 pixels para uma identificação mais precisa um contra vários. O fator mais crítico e desafiador que afeta o desempenho do matcher facial é a consistência; a obtenção de pose consistente, ângulo da cabeça e expressão facial do indivíduo, e brilho, contraste e nitidez e falta de uniformidade de fundo da imagem inteira.
A biometria da íris também se beneficiou das significativas melhorias dos sensores. A identificação da íris difere da de rosto, porque exige uma imagem infravermelha da íris para otimizar o contraste da imagem e, assim, facilitar a análise feita por máquina. Quanto melhor o grau de pureza da imagem infravermelha capturada (com o mínimo de “poluição” a partir da luz visível), melhor será o desempenho de matching obtido. Esse é o motivo pelo qual as câmeras disponíveis no mercado ainda não são usadas para a captura de imagem da íris e é necessária uma câmera especial; um sistema deve iluminar a íris com a luz infravermelha e, em seguida, filtrar outros comprimentos de onda.
Seus recursos de áudio e ubiquidade tornam os smartphones um meio especialmente viável para implantar biometria de voz em larga escala para a verificação um contra um. A biometria de voz é impedida pelos mesmos desafios que os da biometria facial, pois os ambientes de captura podem ser imprevisíveis e inconsistente; como acontecem com os interferências de fundo das imagens faciais podem interferir no processo de captura e correspondência.