Reconhecimento de Iris

A biometria usa nossas características físicas e comportamentos mais exclusivos como identificadores digitais que podem ser interpretados e utilizados por computadores e softwares para aplicativos relacionados à identidade. Esses traços podem ser usados para identificar alguém em um banco de dados biométrico ou confirmar a autenticidade de uma suposta identidade. Nossas íris são úteis como biometria.

Iris Recognition

Os casos de uso de reconhecimento de íris incluem programas de identificação de cidadãos nacionais, controle de acesso físico a organizações e controle e defesa de fronteiras.

A íris é um músculo do olho que regula o tamanho da pupila. Oftalmologistas confirmaram, na década de 80, que os padrões da íris são únicos em cada indivíduo. Isso levou, em meados dos anos 90, ao desenvolvimento da tecnologia de reconhecimento da íris para confirmação de identidade.

Uma ampla patente de reconhecimento de íris expirou em 2005, o que a disponibilizou para um mercado mais amplo. Atualmente, a tecnologia de reconhecimento de íris é usada como uma forma de identificação biométrica capaz de confirmar a singularidade de um indivíduo com excepcional precisão.

Observe que o reconhecimento de íris não deve ser confundido com o reconhecimento de retina. O reconhecimento de retina determina a singularidade de um indivíduo com base na disposição dos vasos sanguíneos da retina, no fundo dos olhos.

Processo de digitalização da íris

Há quatro etapas principais envolvidas no registro de reconhecimento da íris como forma de autenticação biométrica:

1. CAPTURA DE IMAGENS

Usando uma câmera especializada para íris, é necessário capturar uma imagem de alta qualidade das íris esquerda e direita do indivíduo. Essas câmeras utilizam sensores infravermelho-próximo (NIR) para capturar os mínimos e complexos detalhes da íris com muito mais precisão do que a luz visível (VIS), que pode poluir a amostra. Uma pesquisa do Estado de Michigan identificou que a precisão do reconhecimento da íris cai significativamente quando a VIS é utilizada no lugar de NIR. A luz visível também traz mais riscos de desconforto e contração da pupila quando direcionada aos olhos de um indivíduo. Em comparação, o NIR não causa nem contração da pupila nem desconforto durante a digitalização da íris.

2. VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE E APRIMORAMENTO DE IMAGENS

A próxima etapa é realizar verificações de qualidade e conformidade no intuito de garantir que a imagem capturada seja adequada para servir de modelo biométrico para futuras digitalizações da íris. Isso exige softwares especializados que analisam cada imagem em busca de características-chave indicadoras de qualidade incluindo, dentre outros aspectos:

  • Dispersão do nível de cinza.
  • Contraste da esclera e da íris.
  • Contraste da pupila e da íris e dilatação da pupila.
  • Presença de cílio.
  • Oclusão de pálpebra.

Quando a íris é segmentada do restante do olho e passa pela verificação de qualidade, a amostra pode ser salva para futuro uso como modelo biométrico.

3. COMPACTAÇÃO DE IMAGEM

Cada modelo de digitalização de íris deve ser compactado usando o formato JPEG 2000. Esse formato preserva a qualidade da imagem e reduz a ocorrência dos artefatos (distorções da imagem) que resultam de outros métodos de compactação.

4. CRIAÇÃO DO MODELO BIOMÉTRICO PARA CORRESPONDÊNCIA

Por fim, a amostra de alta qualidade é colocada em uso como um modelo para a digitalização da íris.

Na autenticação um para um, cada digitalização ao vivo da íris de uma pessoa é comparada ao modelo existente, para fins de identificação e autenticação. Na autenticação um para muitos, uma digitalização ao vivo é analisada e comparada a uma galeria existente, a fim de identificar uma correspondência ou a falta dela.

Vantagens e desvantagens do reconhecimento de íris

A biometria de íris oferece diversas vantagens únicas quando usada para identificação e autenticação. Dentre elas:

  • Ausência de contato físico durante a digitalização (mais higiene).
  • Desempenho preciso na correspondência.
  • Permite captura à distância (com lentes e softwares avançados).
  • A íris é protegida pela córnea, por isso ela não muda muito à medida que as pessoas envelhecem.
  • Difícil de falsificar.

As desvantagens da digitalização da íris incluem:

  • Não é possível usar uma câmera comum; são necessárias uma fonte de luz infravermelha e um sensor. Requer a redução da luz visível, para maior precisão na pesquisa.
  • Geralmente, requer grande proximidade com a câmera, o que pode causar desconforto para algumas pessoas.
  • Menos útil em investigações criminais (não há impressões digitais latentes).

Casos de uso

Os casos de uso de reconhecimento de íris incluem programas de identificação de cidadãos nacionais, controle de acesso físico a organizações e controle e defesa de fronteiras. O reconhecimento da íris também pode ser uma forma de autenticação móvel em dispositivos com câmeras especiais que possuem luz infravermelha como, por exemplo, o Samsung Galaxy S8 e S9.

Produtos Aware para reconhecimento da íris

A Aware oferece os seguintes produtos de reconhecimento da íris:

  • Nexa|Iris: SDK de algoritmo de correspondência de íris.
  • IrisCheck: SDK para análise automatizada de qualidade e garantia de conformidade de imagens biométricas da íris.
  • AwareABIS: Sistema automatizado de identificação biométrica.

Clique aqui para conhecer mais o portfólio de produtos e serviços de reconhecimento da íris da Aware.