3 maneiras de prevenir fraudes em pagamentos com biometria
13 de maio de 2025 | 4 minutos de leitura
A autenticação biométrica está transformando os pagamentos
Os pagamentos com verificação biométrica deixaram de ser conceitos futuristas e se tornaram soluções concretas, mudando fundamentalmente a forma como os consumidores autenticam suas transações. O reconhecimento facial e por voz está substituindo senhas, PINs e a autenticação em duas etapas (2FA).
A transição para transações financeiras com autenticação biométrica tem sido impulsionada pela crescente demanda por segurança e praticidade. Pagamentos sem contato — como o Face ID no Apple Pay e a leitura de impressão digital em dispositivos Android — já conquistaram amplo uso. Ao mesmo tempo, bancos e plataformas de pagamento digital estão expandindo o uso de tecnologias mais robustas de autenticação para serviços como internet banking, e-commerce e até carteiras de criptomoedas.
Essa mudança posiciona a verificação biométrica como peça central de uma nova geração de transações seguras e menos vulneráveis a fraudes. Um bom exemplo é a redução de fraudes em transações sem a presença física do cartão (card-not-present), uma das maiores falhas dos sistemas tradicionais. Ao contrário de dados de cartão de crédito, que podem ser roubados e revendidos na dark web, os dados biométricos são únicos e quase impossíveis de replicar sem a presença do usuário.
3 formas de fortalecer os pagamentos contra fraudes com autenticação biométrica
1. Redução da fraude por chargeback em transações online
Um dos maiores problemas que a autenticação biométrica está ajudando a resolver em diversos setores é o “chargeback”.
A chamada “fraude amigável” ocorre quando consumidores contestam compras legítimas, causando prejuízos significativos. Segundo relatórios recentes do setor, disputas por chargeback geram bilhões de dólares em perdas anuais para comércios e instituições financeiras — o que torna sua prevenção uma prioridade.
A verificação de identidade por características biométricas tem se mostrado transformadora, especialmente nos setores financeiro e de iGaming, ao enfrentar esse tipo de fraude. Quando as transações exigem reconhecimento facial ou de voz, por exemplo, torna-se muito mais difícil contestar operações de forma indevida. A autenticação cria uma prova de identidade confiável, dificultando disputas não autorizadas e reduzindo a exposição das instituições a riscos.
Plataformas que integram autenticação biométrica aos seus processos de verificação observam reduções consistentes em chargebacks e disputas fraudulentas. Ao associar cada transação a um perfil biométrico exclusivo, elimina-se qualquer dúvida sobre a autorização do titular.
2. Segurança reforçada para serviços financeiros
Empresas do setor financeiro enfrentam constantemente ameaças como fraude de identidade, lavagem de dinheiro e invasão de contas. Métodos tradicionais, como autenticação baseada em conhecimento (KBA) ou via SMS, têm se mostrado ineficazes diante das novas táticas dos fraudadores.
A autenticação biométrica oferece uma alternativa mais segura, garantindo que apenas usuários legítimos tenham acesso às contas e possam autorizar transações. Além disso, acelera processos de verificação regulatória (como o KYC), otimizando o onboarding e ajudando a manter a conformidade com normas em constante evolução.
Instituições financeiras, bancos e fintechs podem contar com a autenticação biométrica para:
- Impedir invasões de conta, validando o login apenas de usuários verificados
- Reduzir o risco de transferências não autorizadas e fraudes em canais digitais
- Tornar a experiência bancária mais segura e simples para os clientes
À medida que o setor financeiro adota estratégias digitais, a autenticação segura se torna essencial para proteger transações e fortalecer a confiança.
3. Proteção contra fraudes em iGaming e apostas online
O setor de jogos online também enfrenta sérios desafios relacionados a fraudes. iGaming e apostas digitais são alvos comuns de práticas como múltiplas contas, roubo de identidade e lavagem de dinheiro. Para cumprir as regulamentações e proteger suas plataformas e usuários, as operadoras precisam de processos de verificação confiáveis.
A tecnologia biométrica vem transformando a verificação de identidade no iGaming ao:
- Impedir apostas de menores, garantindo verificação precisa de idade
- Bloquear tentativas de autoexclusão fraudulenta, evitando reentradas com dados falsos
- Garantir mais segurança em transações de alto valor, evitando o uso indevido de credenciais
Simplificar o onboarding com validação em tempo real, sem uploads manuais ou etapas complexas
Com a intensificação das exigências regulatórias, o uso de autenticação biométrica torna-se essencial para mitigar riscos e atender aos padrões do setor.
Por que nem todas as soluções biométricas são iguais
Apesar das vantagens, nem todas as tecnologias de autenticação são igualmente eficazes contra fraudes. Algumas apresentam falhas diante de ameaças modernas, como deepfakes ou falsificação de imagens faciais geradas por IA.
Fatores-chave ao escolher um provedor confiável:
- Criptografia e proteção de dados: a segurança deve ser aplicada desde a captura até o armazenamento
- Detecção de falsificação e ataques de apresentação (PAD): soluções eficazes devem oferecer prova de vida e barreiras contra deepfakes e fraudes geradas por IA generativa
- Arquitetura Zero Trust: deve seguir o princípio “não confie em ninguém, verifique tudo”, com autenticação contínua e controle rígido de acesso
O futuro dos pagamentos começa agora
A verificação de identidade por meio de dados biométricos não é apenas um avanço — é a base das transações financeiras do futuro, especialmente em setores de alto risco como serviços financeiros e iGaming. À medida que os métodos de fraude evoluem, os mecanismos de proteção precisam acompanhar. Por isso, soluções seguras e escaláveis tornam-se indispensáveis para empresas que operam em ambientes digitais e exigem transações confiáveis.